A menos de um ano das eleições de 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser “muito difícil alguém ganhar” do atual governo. A declaração foi feita em entrevista veiculada nesta terça-feira (7) pela TV Mirante, afiliada da Rede Globo no Maranhão, onde Lula cumpriu agenda na tarde de ontem.
“Se a gente brincar em serviço, a gente termina dando para os adversários a chance de ganhar que eles não têm hoje. É muito difícil alguém ganhar as eleições de nós em 2026”, disse o presidente, acrescentando que o país vive “um momento excepcional”.
Lula destacou ainda que não pretende “implorar” pelo apoio de nenhum partido na disputa pela reeleição, em referência a legendas como União Brasil e PP (Progressistas), que apesar de comandarem ministérios, decidiram desembarcar do governo.
“Quando chegar a época das eleições, cada um vai para o canto que quiser. Eu não vou implorar para nenhum partido estar comigo. Vai estar comigo quem quiser estar comigo”, afirmou. “Eu não sou daqueles que ficam tentando comprar deputado, não. Vai ficar comigo quem quiser e quem quiser ir para o outro lado que vá e que tenha sorte, porque acho que nós temos certeza de uma coisa: a extrema direita não voltará a governar esse país”, completou.
O presidente também comentou a decisão dos partidos de exigir que seus filiados deixem os cargos no governo. Os ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), foram afetados pela medida.
“Acho que é um equívoco do PP querer expulsar o Fufuca, da mesma forma que acho que é um equívoco do União Brasil querer expulsar o Celso Sabino. Acho um erro, uma bobagem. Mas, de qualquer forma, eu vou conversar com eles, eles são deputados, eles têm mandato, eles sabem também o que decidir, têm maioridade para isso”, declarou Lula.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
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