O pastor Silas Malafaia, um dos principais líderes religiosos do país, está sendo investigado pela Polícia Federal. Ele foi incluído no mesmo inquérito que apura o ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo por suspeita de crimes contra autoridades, agentes públicos do Supremo Tribunal Federal e tentativas de obter sanções internacionais contra o Brasil.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, essas iniciativas tinham como objetivo dificultar o andamento do processo em que Jair Bolsonaro é réu por suposta tentativa de golpe de Estado.
As suspeitas recaem sobre crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Malafaia foi responsável por organizar o ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, ocasião em que o ex-presidente apareceu em um vídeo transmitido por redes sociais de terceiros, o que resultou em sua prisão domiciliar no dia seguinte.
Pastor critica ministro Alexandre de Moraes em vídeo nas redes sociais
Nesta quinta-feira (14), em vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia voltou a afirmar que o ministro Alexandre de Moraes deveria ser alvo de impeachment, julgado e preso.
Segundo o portal CBN, o pastor disse desconhecer o inquérito e afirmou não ter medo da Polícia Federal. Ele também garantiu não ter contato com americanos e que não fala inglês, e reforçou críticas a Moraes:
“Estamos a caminho da Venezuela. Isso é uma afronta, é um absurdo. Desde 2022, em mais de 50 vídeos eu venho denunciando os crimes do ditador da toga Alexandre Moraes. Não tenho medo dessa Polícia Federal. Respeito a Polícia Federal séria, que é uma instituição que honra os brasileiros. Mas não essa daí, que está a serviço de Alexandre de Moraes. Eu não tenho medo deles”, disse Malafaia.
O caso segue sob investigação, e os próximos passos podem definir o rumo das implicações legais para todos os envolvidos.
Por Kátia Gomes | Revisão: Laís Queiroz
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