A Seleção Brasileira de Vôlei Feminino levou um susto, mas confirmou o favoritismo nas oitavas de final do Mundial 2025. No último domingo (31), em Bangkok, na Tailândia, as comandadas pelo técnico José Roberto Guimarães reagiram após um primeiro set de muitos erros e venceram a República Dominicana por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/12, 25/20 e 25/12. Com o triunfo, o Brasil garantiu vaga nas quartas de final contra a França.
Virada de chave e reação brasileira
Capitã da seleção, Gabi foi o grande destaque da partida. Mesmo em meio às falhas da primeira parcial, a ponteira assumiu a responsabilidade e foi a principal opção ofensiva do Brasil. Terminou como maior pontuadora do jogo, com 21 pontos – 17 em ataques, três em bloqueios e um ace. Outras jogadoras também tiveram papel fundamental: Julia Bergmann marcou 12 pontos, Rosamaria anotou 11 e Diana contribuiu com 10, reforçando a consistência da equipe após a virada.
Rival conhecido nas quartas e busca por título inédito
O próximo compromisso será contra a França, adversária já enfrentada na fase de grupos. Na ocasião, as brasileiras buscaram a virada após saírem atrás por 2 sets a 0. O jogo das quartas será nesta quinta-feira (4), às 10h30 (horário de Brasília), com transmissão ao vivo pelo Sportv 2.
As francesas também chegam embaladas: eliminaram a China com vitória por 3 sets a 1, parciais de 25/20, 27/25, 22/25 e 25/20.
A classificação mantém o retrospecto positivo do Brasil no Campeonato Mundial. Desde 1978, na então União Soviética, a seleção sempre termina entre as oito melhores. O pior resultado nesse período foi o oitavo lugar em 1982. Depois do vice na Liga das Nações de 2025, a equipe busca agora um título inédito, já que apesar do bicampeonato olímpico (Pequim 2008 e Londres 2012), o Mundial ainda não foi conquistado pelas brasileiras. Até hoje, os melhores resultados foram quatro vice-campeonatos (1994, 2006, 2010 e 2022).
Como foi o jogo
- Primeiro set
O início da partida foi complicado para a seleção. Nervosas, as brasileiras cometeram 12 erros só na primeira parcial – mais do que em todo o restante do jogo. A República Dominicana soube aproveitar e abriu vantagem de 14 a 10. Gabi, referência técnica, ainda segurou o time com oito pontos no set, ajudando a reduzir a diferença para 17 a 16. Mas os erros voltaram a aparecer, mesmo após pedidos de tempo de Zé Roberto. Em um ataque desperdiçado por Kisy, as caribenhas fecharam em 25 a 18 e colocaram o Brasil em alerta.
- Segundo set
Zé mexeu no time e acertou em cheio para a segunda parcial. Colocou Roberta e Rosamaria nos lugares de Macris e Kisy, repetindo a inversão do 5-1 que já havia dado resultado no set anterior. A levantadora, aliás, quebrou a recepção dominicana e iniciou a parcial com três aces consecutivos, puxando uma arrancada de 6 a 0. O saque continuou como arma poderosa: depois foi a vez de Gabi manter a pressão, forçando erros de recepção das adversárias que levaram o placar a incríveis 12 a 1. A defesa e o bloqueio também cresceram, com Julia Kudiess abrindo 16 a 3 e Julia Bergmann fazendo 18 a 4. Sem reação, a República Dominicana não conseguiu frear o ritmo. Rosamaria, em ataque preciso, encerrou a parcial em 25 a 12 e devolveu a confiança para o Brasil.
- Terceiro set
Com a mesma formação, o Brasil manteve a intensidade. Desde o início, abriu 3 a 0 e passou a administrar o jogo. A vantagem cresceu após erros consecutivos das adversárias, chegando em 15 a 8 com bloqueio de Diana e novo erro de ataque caribenho. Gabi seguiu como protagonista no ataque, virando bolas importantes que consolidaram a superioridade brasileira. Apesar de alguns pontos perdidos, a seleção não foi ameaçada em nenhum momento e fechou em 25 a 20, virando o placar da partida.
- Quarto set
O último set teve roteiro semelhante ao anterior, mas com ainda mais autoridade. O Brasil iniciou com 4 a 0, permitiu uma breve aproximação das dominicanas (4 a 3), mas rapidamente deslanchou com uma sequência de cinco pontos seguidos, abrindo 9 a 3. O bloqueio funcionava com quase todas as jogadoras: Gabi ampliou a diferença para 16 a 7, e Diana fez 18 a 8 em outro bloqueio. Sem deixar brechas para reação, a seleção controlou a parcial e fechou o jogo em 25 a 12, confirmando a classificação para as quartas de final.
Por: Inês Becegato | Revisão: Laís Queiroz
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