A final do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino mostrou que favoritismo não entra em quadra. Neste domingo (14), no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, o Scandicci contrariou as apostas, superou o poderoso Conegliano por 3 sets a 1 – com parciais de 30/28, 25/19, 21/25 e 25/23 – e levantou, pela primeira vez, o troféu da competição. Em uma decisão marcada por pressão da torcida brasileira e alto nível técnico, a equipe de Florença contou com atuação decisiva da oposta Ekaterina Antropova, responsável por 25 pontos, e resistiu aos 19 acertos da brasileira Gabi.
Com o triunfo, o Scandicci passa a integrar o grupo de campeões do Mundial de Clubes Feminino. O Vakifbank, da Turquia, lidera o ranking histórico, com quatro títulos, seguido por Eczacibasi, também turco, e Conegliano, ambos com três conquistas. Entre os clubes brasileiros, já levantaram a taça o Sadia (1991), Sorocaba (1994) e Osasco (2012) – que nesta edição de 2025 terminou com a medalha de bronze.
Virada que mudou o jogo
O primeiro set foi decisivo para a construção da vitória do Scandicci. Em desvantagem de 24 a 20, o time encontrou em Antropova o impulso necessário para reagir. A oposta assumiu o saque, forçou erros do adversário e liderou a arrancada do time, que virou a parcial e fechou em 30 a 28, dando confiança e controle emocional à equipe para o restante do confronto. Além disso, as grandes defesas da líbero dominicana, Brenda Castillo, foram fundamentais para as comandadas de Marco Gaspari colocarem a partida no bolso.
Única brasileira em quadra, Gabi começou em destaque e marcou nove pontos no set inicial. Ao longo do jogo, passou a ser mais marcada pelo bloqueio e pela defesa do Scandicci, mas ainda assim encerrou a final como uma das maiores pontuadoras do Conegliano, com 19 pontos. A ponteira teve o apoio da torcida no Pacaembu, que se manifestou principalmente nos momentos de saque de Antropova, recebida sob vaias.
Por: Inês Becegato | Revisão: Daniela Gentil
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