Um ataque terrorista em Pahalgam, na região da Caxemira administrada pela Índia, ocorrido no início da semana, resultou na morte de 26 turistas e mais de 20 feridos, elevando ainda mais as tensões entre Índia e Paquistão. A região da Caxemira, disputada entre os dois países desde a divisão do subcontinente no final da década de 1940, foi alvo de um ataque reivindicado por um grupo extremista ligado ao Paquistão.
O governo da Índia acusou o Paquistão de apoiar grupos terroristas, apontando suspeitos de nacionalidade paquistanesa. A resposta do governo indiano foi imediata: diplomatas paquistaneses foram expulsos, tratados históricos, como o Tratado das Águas do Indo, foram suspensos, e pontos de fronteira foram fechados.
Em uma retaliação, o Paquistão expulsou diplomatas indianos e fechou seu espaço aéreo para aeronaves da Índia, dificultando rotas internacionais. A medida também afeta voos que partem da Índia com destino a outros países, incluindo os Estados Unidos.
Além disso, o Paquistão cancelou os vistos de todos os cidadãos indianos, com exceção dos peregrinos religiosos, e deu um prazo de 48 horas para que eles deixassem o país.
As tensões na região aumentam conforme a Caxemira continua sendo uma disputa de longa data, com uma população majoritariamente muçulmana vivendo sob o domínio indiano, em uma área rica em recursos naturais, como minerais, o que torna a região ainda mais estratégica e disputada.
O governo paquistanês criticou a Índia por adotar uma guerra de baixa intensidade, enquanto ameaçou com ações mais agressivas, o que alimenta o risco de uma escalada militar total, o que poderia ter consequências devastadoras para ambos os países nucleares.
Esses eventos ocorrem enquanto o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visita a Índia, com a situação se tornando um ponto de preocupação internacional. A possibilidade de um conflito nuclear entre as duas potências é uma preocupação crescente, com a comunidade global observando atentamente.
Por David Gonçalves — Correspondente MdNews na Itália
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