O corpo da brasileira Miriam da Silva, de 35 anos, chegou ao Brasil no sábado (31), encerrando uma dolorosa espera de dias marcada por burocracia, silêncio institucional e comoção. Miriam foi morta a facadas dentro de casa, em Zaragoza, na Espanha, onde vivia há poucos meses em busca de novas oportunidades.
Técnica em enfermagem e natural de São Paulo, Miriam estava em processo de separação e, segundo relatos da família, foi assassinada ao retornar à antiga residência para buscar seus pertences. Mesmo conseguindo enviar mensagens pedindo socorro, a polícia só entrou no local após o agressor se entregar – quando já era tarde.
O MD News foi um dos primeiros veículos a divulgar o caso e acompanhar, desde o início, a luta da família para trazer Miriam de volta ao Brasil. Além do luto, os parentes enfrentaram entraves diplomáticos, burocracia e o alto custo do traslado. Sem apoio institucional, organizaram campanhas online e contaram com a solidariedade de amigos e desconhecidos para conseguir viabilizar o retorno.
O velório ocorreu no domingo (1º), em São Paulo, em meio a forte comoção. Amigos e familiares prestaram homenagens emocionadas e também expressaram revolta diante das circunstâncias. “A gente teve que lutar por tudo. Até para ela voltar para casa”, disse um parente durante a cerimônia.



Trabalhadora, carinhosa e dedicada, Miriam era conhecida pelo afeto com a família e pela força com que enfrentava os desafios da vida. Ela foi assassinada no dia 24 de abril de 2025, um dia antes de completar 36 anos. A data, que antes seria de celebração, passou a simbolizar para a família a dor da saudade e da perda precoce.
Por David Gonçalves I Revisão: Laís Queiroz
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