Deputadas estaduais de SP foram alvos de ameaças no último sábado (31). As 25 deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), receberam e-mail contendo ameaças de estupro e de morte, além de ataques misóginos, racista e capacitista.
A polícia e a presidência da Alesp foram prontamente notificadas e uma investigação entrou em curso. Durante as diligências nesta segunda-feira (2), a Secretaria de Segurança Pública identificou um suspeito de 28 anos que teve equipamentos eletrônicos apreendidos em sua residência para perícia. A ocorrência foi registrada como injúria, ameaça e falsidade ideológica pela Assessoria da Polícia Civil da Alesp.
“Nenhuma agressão pode ser tolerada. Por determinação da presidência, as Polícias Civil e Militar foram acionadas e investigam o caso”, disse André do Prado – Presidente da Alesp
Das 25 deputadas ameaçadas pelo email intimidador, algumas inclusive nominalmente, reagiram nas redes sociais.
Imagem: Reprodução/Internet
As parlamentares destacaram a importância da urgência em políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero e classificam o episódio como uma clara tentativa de silenciar mulheres em cargos políticos no país. Destacaram ainda que esta é a primeira vez em que o ataque é direcionado a todas as mulheres da casa e classificaram ainda, como um ato misógino.
Uma das deputadas atacadas foi Solange Freitas (União Brasil) que se manifestou contra o ódio a mulheres em sua rede social. Veja:
“Não vão calar nossa voz. Eu sei o que é isso. Já passei por violência política de gênero em 2020 quando entrei pra política. Foram muitos ataques, inclusive um atentado. Não ao ódio. Não às ameaças”, disse.
Em nota, as deputadas afirmaram que as medidas jurídicas estão sendo tomadas para que o caso seja apurado e os responsáveis responsabilizados.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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