13 anos depois, o Osasco voltou a vencer a Superliga feminina de vôlei. A equipe da Grande São Paulo ganhou do Bauru por três sets a um, em jogo único no Ibirapuera, com parciais de 26/24, 19/25, 28/26 e 25/20. Essa foi uma temporada especial, em que o clube venceu os três torneios que disputou: além da Superliga, conquistou o Paulista e a Copa Brasil. E agora, a agremiação volta a uma competição internacional, o Sul-Americano.
Em 2024/2025, Osasco conseguiu chegar a uma final, o que não conseguia desde 2017/2018 quando perdeu para o então Rio de Janeiro (atual Sesc Flamengo). O clube constantemente chegava entre os quatro melhores, porém parava nas semifinais. Desta vez, conseguiu eliminar o Minas em três jogos. No segundo, o time mineiro chegou a abrir 24 a 22 no quarto set e teve duas chances de se classificar, mas desperdiçou e perdeu o jogo no Liberatti.
Natália Zílio foi destaque da conquista. Ela regressou à equipe após insistência da amiga Camila Brait e contou que sempre quis ajudar o time.
“Minha terceira final, meu terceiro título. Não poderia ser melhor, ao lado da Brait. A gente se emocionou no jogo porque sabe que não é fácil no dia a dia, com toda a pressão. Jamais imaginei que, voltando, faria uma temporada assim e ajudaria a fazer história no clube. Voltei para somar com a base do ano passado. Fico feliz em ajudar e ver as meninas crescendo. As únicas que tinham jogado uma final éramos eu e a Brait. Agora, todo mundo tem esse presentão”, comentou ao canal SporTV.
Já Tifanny se tornou a primeira mulher trans a conquistar o título da Superliga. Ela celebrou o feito:
“Muitas crianças e adolescentes se inspiram em mim e acreditam que podem, sim, voltar a brilhar e ter um lugar ao sol. Pessoas trans saem da escola muito cedo por causa da transfobia, não têm espaço no mercado de trabalho, não têm visibilidade. A cada dia, mais pessoas estão ganhando visibilidade, e eu sou representante no esporte. Ficarei ainda mais feliz quando houver outras pessoas trans competindo também”, afirmou a atleta.
A final também consagrou a excelente temporada da levantadora Dani Lins. A veterana de 40 anos chegou a se ausentar das quadras em março, após retirar um nódulo da tireoide, e conseguiu se recuperar a tempo de disputar os playoffs. Agora, Dani é cotada para ser convocada para a seleção brasileira. O técnico Zé Roberto esteve presente no ginásio e despistou sobre a lista.
Agora fica a expectativa para a final masculina, que acontece neste domingo, também no Ibirapuera. Campinas e Cruzeiro disputam o título às 10h.
Confira a seleção da Superliga (definida pela Confederação Brasileira de Vôlei):
Levantadora: Dani Lins (Sesi-Bauru)
Oposta: Kisy (Minas)
Ponteira 1: Natália Zílio (Osasco)
Ponteira 2: Sofya Kuznetsova (Praia Clube)
Central 1: Adenízia (Praia Clube)
Central 2: Thaisa (Minas)
Líbero: Camila Brait
MVP: Natália Zílio
Revelação: Jheovana (Barueri)
Melhor Técnico: Luizomar de Moura (Osasco)
Por Paulo Octavio | Revisão: Daniela Gentil