O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, nesta segunda-feira (26), a proibição da comercialização dos azeites La Ventosa e Grego Santorini, após constatar que ambos os produtos possuem origem desconhecida, representando risco à saúde dos consumidores. A medida se soma a uma série de ações recentes do governo federal para combater fraudes no mercado de azeites no Brasil.
Desde o início de 2024, 38 marcas de azeite foram banidas do mercado brasileiro por apresentarem irregularidades, como adulteração com óleos vegetais não identificados, ausência de registro nos órgãos competentes e problemas de rotulagem.
Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de quatro marcas: Almazara, Escarpas das Oliveiras, Alonso e Quintas D’Oliveira. As duas primeiras tinham como embaladora a empresa Oriente Mercantil Importação e Exportação LTDA, cujo CNPJ foi encerrado em novembro de 2023. Já as duas últimas estavam associadas à empresa Comércio de Gêneros Alimentícios Cotinga LTDA, com CNPJ inexistente na base de dados da Receita Federal.
Marcas de azeite proibidas desde 2024
Em outubro de 2024, o Mapa já havia emitido um alerta sobre 12 marcas de azeite de oliva consideradas fraudulentas e impróprias para consumo, incluindo algumas das recentemente proibidas. Testes realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) detectaram a presença de óleos vegetais não identificados na composição dos produtos, comprometendo a qualidade e a segurança alimentar. Veja a lista completa:
- La Ventosa
- Grego Santorini
- Almazara
- Escarpas das Oliveiras
- Alonso
- Quintas D’Oliveira
- Don Alejandro
- Garcia Torres
- Olivas Del Tango
- Quinta de Aveiro
- Vincenzo
- Vila Real
- Málaga
- Rio Negro
- Cordilheira
- Serrano
- Oviedo
- Imperial
- Ouro Negro
- Carcavelos
- Pérola Negra
- Serra de Óbidos
- Serra Morena
- De Alcântara
- Az Azeite
- Mezzano
- Uberaba
O Mapa e a Anvisa recomendam que os consumidores verifiquem a procedência dos azeites adquiridos, desconfiem de preços muito abaixo do mercado e consultem as listas de produtos irregulares disponíveis nos sites oficiais dos órgãos. Em caso de dúvidas ou denúncias, é possível entrar em contato com o canal oficial Fala.BR.
Por: Alemax Melo I Revisão: Thaisi Carvalho
LEIA TAMBÉM: Governo classifica marcas apelidadas como ‘café fake’ como impróprias para o consumo