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EUA e China fecham acordo, mas tensões comerciais devem persistir

Nova trégua tarifária tenta conter prejuízos bilionários e estabilizar economia global, mas especialistas alertam para riscos de nova escalada

Após meses de tensão, Estados Unidos e China anunciaram, na madrugada desta segunda-feira (12), um novo acordo temporário sobre o chamado “tarifaço global” imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump. O pacto prevê a suspensão de novas tarifas por 90 dias e uma redução parcial dos impostos já praticados entre as duas maiores economias do mundo.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Washington e Pequim concordaram com uma trégua de 90 dias nas tributações bilaterais. Durante esse período, as tarifas impostas pelos EUA aos produtos chineses serão mantidas em 30%, enquanto as tarifas chinesas sobre bens norte-americanos ficarão em 10%. O novo entendimento também contempla a redução de taxas adicionais incidentes sobre o frete de produtos importados.

O aumento recíproco das tarifas vinha provocando prejuízos consideráveis ao comércio entre os dois países, que movimentou mais de 660 bilhões de dólares (cerca de R$ 3,7 trilhões) no ano passado. As sanções mútuas também geraram apreensão nos mercados internacionais, diante do temor de uma recessão global.

Durante coletiva nesta segunda-feira, Bessent destacou o clima de respeito entre os negociadores. “Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais. Temos interesse em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão caminhando em direção a isso”, afirmou o secretário.

China elogia acordo e pede fim das tarifas unilaterais

O Ministério do Comércio da China considerou o acordo um “passo importante” para a resolução das divergências comerciais com os EUA. Em nota oficial, o governo chinês afirmou que a trégua “estabelece as bases para uma cooperação futura” e atende aos interesses de consumidores e produtores dos dois lados.

A China também apelou para que Washington abandone “a prática errônea de aumentos tarifários unilaterais” e passe a colaborar para fortalecer as relações econômicas e comerciais bilaterais. O objetivo, segundo o comunicado, é trazer “mais certeza e estabilidade à economia global”.

Ascensão da guerra tarifária

As tensões entre as duas potências começaram no início do primeiro mandato de Donald Trump, quando o então recém-empossado presidente adotou uma política agressiva contra países com balança comercial considerada desfavorável aos EUA.

Em abril daquele ano, a China foi o principal alvo do chamado “tarifaço global”, com a elevação inicial de 34% sobre seus produtos, valor que se somava aos 20% já vigentes. Pequim respondeu com tarifas equivalentes sobre importações norte-americanas, desencadeando uma escalada sem precedentes.

A disputa atingiu seu ápice quando Washington elevou as tarifas para 104%, e posteriormente para 145%, exclusivamente contra produtos chineses. A China, por sua vez, subiu suas taxas para 125%. A retórica agressiva de ambos os lados alimentou incertezas no comércio global e pressionou cadeias produtivas inteiras.

Impactos econômicos e temor de recessão

Na semana passada, o governo Trump revelou que a economia norte-americana recuou 0,3% no primeiro trimestre de 2025, a maior retração desde 2022. O dado alarmante coincidiu com os 100 dias do segundo mandato de Trump e foi visto como um reflexo direto da guerra comercial em curso.

Como parte das represálias, a China também restringiu a exportação de terras raras, elementos essenciais para a indústria eletrônica e de defesa americana e impôs tarifas adicionais sobre uma série de produtos dos EUA.

Apesar da nova trégua, analistas alertam que a disputa está longe de ser resolvida. A permanência das tarifas elevadas e o histórico de escaladas anteriores deixam em aberto o risco de novos confrontos comerciais, com potenciais repercussões sobre a estabilidade da economia global.

Por Alemax Melo | Revisão: Daniela Gentil

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Marcia Dantas

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